Tão anêmica de amor

Acorda cedo pra trabalhar, mau ver o sol raiar e já começa a ralar.
O dia é corrido e mau consegue parar pra pensar e no meio de tanta gente nela ainda há solidão. Tantos sorrisos dados, mas só ela sente sua alma chorar.
Ainda há aqueles que falam de amor mas no fundo só ela sabe a dor que o amor lhe causou.
E olhe que quando de amor ela falar sempre de um alguém ela vai lembrar.
E vai fazê-la chorar ao lembrar que todos os dias ela tenta fugir, tenta se esconder, tenta demostrar que já esqueceu, mas é difícil e ela sabe o quanto está sendo difícil.
A noite cai e com ela a solidão ela se sente só em meio a multidão, mas a noite a solidão lhe castiga.
Porque ela queria estar lá, ela sonha estando lá, deitada naquela cama abraçada depois de milhões de beijos de amor, mas ela sabe que nada é real, que tudo isso já passou...
Mas toda noite ela é torturada pelos seus próprios sentimentos e desejos.
E isso está acabando com tudo aquilo que um dia ela sonhou viver.
Está indo embora sonhos, vontades, planos e desejos e o pior de tudo é ver indo embora aquela garota que um dia já foi a mais feliz e hoje está ficando tão neutra, tão seca, tão insensível, tô anêmica de amor.

Jacilene Almeida