É difícil controlar o impulso e não externar mais uma vez o que estou sentindo, mas é que dói digerir calada uma coisa que vai cortando por dentro todos os dias.
É difícil também, ser paciente e esperar que um sentimento morra, vencido pelo cansaço da não correspondência, e ainda ter uma brasa acesa de esperança mesmo depois que a chuva já molhou o carvão.
É difícil fazer de tudo pra chamar sua atenção e nunca surtir efeito, sempre se perguntar e nunca ter respostas, quando o mais inteligente seria simplesmente deixar de se preocupar com aquilo que não nos faz bem.
É difícil escrever cartas de amor perfumadas, músicas e poesias, depois guardá-las na gaveta para que nunca sejam lidas por ninguém.
É difícil estar cansada de amar alguém que não se preocupa com tanto sentimento condensado e desperdiçado. Sentimentos que só teriam coisas boas a partilhar.
É difícil até mesmo acreditar que tudo isso passa, depois de perder noites de sono e virar madrugadas em claro, mesmo tendo sobrevivido a outros amores e sabendo que um dia cicatriza e não significará mais nada.
Mas o mais difícil mesmo ainda é escrever e pedir que você não responda porque sei que sua resposta machuca ainda mais.
E ainda assim escrever.
Apenas para esvaziar os pulmões de ar. Mas um dia isso passa!
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